James J. Menegazzi, Henry E. Wang, Christopher B. Lightfoot, Kristofer C. Fertig, Nicole L. Chengelis, Lawrence D. Sherman and Clifton W. Callaway
Department of Emergency Medicine, 230 McKee Place, Suite 400, Pittsburgh, PA 15213, USA
Resumen
Objectivos: Comparamos o sucesso da desfibrilhação referido ao tempo, quando administrado imediatamente ou após 3 min de CPR, com e sem dose elevada de adrenalina (HDE), num modelo suíno de fibrilhação ventricular (VF) prolongada. As nossas hipóteses eram que o pré-tratamento com CPR e HDE produziria, quando comparado com a desfibrilhação imediata, taxas superiores de desfibrilhação eficaz com o 1° choque e que preveniria a perda da onda de VF, medidas através do " scaling exponent " (ScE). Também queriamos determinar o valor preditivo do ScE nos resultados pós-choque. Métodos : Anestesiamos e instrumentamos 60 porcos domésticos (19,6-26,4 Kg). Foi induzida eletricamente VF que não foi tratada durante 8, 11 ou 14 min. O ECG foi registado digitalmente, a uma razão de 1000 amostras/s com períodos de 5s utilizados para calcular o ScE. Randomizamos os porcos em 7 grupos (o n° refere-se ao 1° choque). Três grupos receberam choques como primeira intervenção (RSF) após 8 min de VF (RSF-8), 11 min de VF (RSF-11) ou 14 min de VF (RSF-14); dois grupos receberam CPR durante 3 min (e depois o choque) que começou aos 8 min (CPR-11) ou 11 min de VF (CPR-14); e dois grupos receberam CPR durante 3 min com 0,1 mg/Kg de adrenalina (e depois o choque) a começar aos 8 min de VF (HDE-11) ou 11 min de VF (HDE-14). Foi usada dose fixa de 70 J BDW para todos os choques. Os resultados da desfibrilhação foram classificados como eficaz, imediatamente e 30s após choque (retorno de circulação espontânea (ROSC) ou retorno de actividade eléctrica organizada (ROEA)); ou falhado (persistência de VF ou assistolia). Os dados foram analisados através de RMANOVA, regressão logística múltipla, teste exacto de Fisher e curvas ROC. Resultados : Ocorreu desfibrilhação eficaz com o 1° choque em 3/8 (38%) do RSF-8; 1/9 (11%) do RSF-11; 2/9 (22%) do CPR-11; 7/9 (77%) do HDE-11; 0/9 (0%) do RSF-14; 0/7 (0%) do CPR-14; e 1/8 (13%) do HDE-14, (P = 0,059 RSF-8 vs. HDE-11). Ocorreu ROSC ao 1° choque em 5/9 (56%) dos animais HDE-11, 1/8 (13%) dos HDE-14 e em 0 de todos os outros grupos (P = 0,03). Os valores médios de ScE aos 11 min de VF para o grupo RSF-11 (1,46) foi maior que para o grupo CPR-11 (1,26) e para o grupo HDE-11 (1,27); e para o grupo RSF-14 (1,60) foi maior do que para o CPR-14 (1,47) e para o HDE-14 (1,46); grupo por tempo P = 0,002. Utilizando o ScE como preditor do resultado do choque, as áreas ROC foram 0,84 para sucesso imediato, 0,85 para sucesso mantido e 0,81 para ROSC. Conclusões : O grupo HDE-11 mostrou uma tendência para maior taxa de sucesso do 1° choque e de ROSC. As intervenções prévias ao choque de desfibrilhação previnem a deterioração da onda de VF e melhoram os resultados da desfibrilhação. O ScE prevê correctamente 81-85% dos resultados pós-choque.
Author Keywords: Arrhythmia; Ventricular fibrillation; Heart arrest; Rescue shock; Cardiopulmonary resuscitationArritmia; Fibrilación ventricular; Paro cardíaco; Descarga de rescate; Reanimación cardiopulmonarArritmia; Fibrilhação ventricular; Paragem cardíaca; Choque de desfibrilhação; Ressuscitação cardiopulmonar